Qual o futuro da liderança em tempos de inteligência artificial?

O mundo está se moldando rapidamente diante da nova economia, uma era de evolução constante, de cenários em transformação, que torna crucial a capacidade de se adaptar a essas mudanças. Diante desses fatos, o questionamento se faz presente, para onde estão indo as carreiras e os líderes?

Houve um tempo, não tão distante, em que as carreiras eram previstas com clareza e linearidade. “Todos foram treinados para desenhar suas carreiras com previsibilidade”, afirma Piero Franceschi, sócio da StartSe, uma escola internacional de negócios focada na preparação de líderes para a nova economia. “Porém, muitas profissões de hoje sequer existiam há uma década”. Em um mundo em constante evolução, a adaptabilidade e a vontade de aprender serão sempre as chaves para o sucesso em qualquer carreira. Seja aberto, audacioso e sempre pronto para a próxima virada na jornada profissional.

Estamos vivendo um período de revoluções tecnológicas, com a inteligência artificial no centro do palco, eu diria a era da disrupção. Apesar de suas origens na década de 1950, só agora a IA está ganhando destaque global, transformando diversas empresas e ressignificando o papel do ser humano na sociedade.

Enquanto sociedade, penso que devemos encarar a IA com cuidado, mas com curiosidade, compreendendo e refletindo sobre seus riscos e oportunidades. E debatendo o tema com profundidade e serenidade e, acima de tudo, com abertura a algo que pode fazer avançar a humanidade como nenhuma outra tecnologia. Afinal, a inteligência humana está por trás da inteligência artificial.

De fato, acredito que a inteligência artificial veio para impulsionar o capital humano e ressignificar o trabalho. Criando rotinas inteligentes as plataformas alimentadas pro IA, estão fornecendo um volume cada vez maior de informações que podem aprimorar o impacto humano no trabalho. E o uso dessa tecnologia irá revolucionar a experiência dos trabalhadores. Passamos da era da informação para a era da imaginação, a tecnologia está evoluindo para capacitar humanos e equipes, tornando o trabalho melhor para as pessoas e as pessoas melhores no trabalho.

Essas ferramentas podem contribuir com o crescimento dos trabalhadores nas empresas, oferecendo aprendizado personalizado, suporte em tempo real, análise de desempenho e oportunidades de reskilling e upskilling. Isso ajuda a impulsionar o progresso profissional, a adaptabilidade e a capacidade de enfrentar os desafios de maneira criativa na execução de tarefas diárias.

Além do impacto individual e coletivo, a colaboração entre tecnologia e humanos, também pode impulsionar a percepção de problemas e a assertividade na tomada de decisões. Isso porque essa ferramenta é capaz de processar uma grande quantidade de dados. A Inteligência Digital pode extrair insights, identificar gaps de aprendizado e ainda apontar problemas ocultos nas práticas de trabalho.

Afinal de contas, o que resta para nós, líderes, quando todos nos tornamos potencializados pela IA?

A Inteligência Artificial está fazendo cada vez mais parte das organizações em todo o mundo. A atual era da transformação digital, marcada pela IA e pelos dados, trouxe uma significativa mudança de paradigma, desafiando os tradicionais papéis e competências de liderança.

A liderança, tradicionalmente entendida como uma prerrogativa humana, está agora à beira de uma profunda transformação, devido ao crescimento exponencial da IA. Ela anda reescrevendo a cartilha de liderança, propondo uma mudança de ‘liderar pelo conhecimento’ para ‘liderar pelo aprendizado’. Para prosperar na era da IA, os líderes precisam dominar a arte da agilidade, adotar uma abordagem orientada à dados e possuir uma visão estratégica. Suas habilidades agora devem incluir a capacidade de alavancar a IA na inovação, utilizar dados para tomar decisões informadas e cultivar uma cultura organizacional que incentive o aprendizado contínuo.

A liderança em organizações potencializadas pela IA não deve ser vista como sendo substituída, mas como evolutiva. À medida que a IA assume mais tarefas orientadas por dados, os líderes poderão focar no estímulo à criatividade, empatia e inovação, aspectos que a IA não consegue hoje replicar. O papel dos líderes se torna fundamental para promover uma cultura de confiança, inclusividade e adaptabilidade no ambiente de trabalho permeado pela IA. A IA na liderança tem um enorme potencial, capacitando líderes a fomentar a ambidestria organizacional, a eficiência na tomada de decisões e a estratégia.

Diante desse cenário, vale a reflexão, as mudanças rápidas, a IA, e as redes sociais, o estar ON 24hs, têm gerado um impacto significativo na saúde mental das pessoas. A constante presença nas redes sociais, por exemplo, tem sido associada a diversos problemas de saúde mental, e a ansiedade a depressão aparecem com muita “voracidade”, e imperceptíveis vão tomando conta da vida das pessoas.

Reflexões Finais

À medida que navegamos por este admirável mundo novo, fica claro que a IA não veio para usurpar a liderança. Em vez disso, ela está aqui para aprimorar, evoluir e empoderá-la. O futuro pertence àqueles líderes que conseguirem integrar as habilidades de IA com a intuição humana, ética e empatia para direcionar suas organizações para uma era de crescimento e inovação sem precedentes na história humana.

O futuro será sobre permitir que as pessoas se concentrem em tarefas cognitivas de alto valor, como criatividade, geração de idéias e inovação, competências essencialmente humanas e inestimáveis.

interação entre humanos e a inteligência artificial se dá de uma forma mutuamente complementar. As habilidades sociais, de liderança, trabalho em equipe e criatividade das pessoas se unem a velocidade, escalabilidade, segurança e capacidades quantitativas da IA. O que é inato às pessoas, como a empatia, por exemplo, pode representar um desafio para as máquinas, enquanto tarefas que são simples para as máquinas, como analisar grandes volumes de dados em pouco tempo, são desafiadoras para nós.

O papel de uma pessoa líder é menos sobre ter as respostas e mais sobre fazer as perguntas certas. Então, que tal perguntarmos, aprendermos e liderarmos rumo ao futuro, de mãos dadas com a IA?

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